O Pensador
Autor: Rodin (1840-1917)
Texto produzido em parceria com meu pai.
A
filosofia
diz
respeito a
compreensão
que temos das
coisas,
do
mundo, da
vida...
. Vemos uma
mesa, uma
cadeira,
uma
janela, uma
pessoa;
a
compreensão que
temos desta
mesa,
janela
e
pessoa é a
representação
mental que
fazemos delas
para assim
podermos
interagir com
o
mundo que
nos rodeia.
Quando vemos uma mesa
fazemos um juízo
de fato: uma mesa
está aí- ainda seja uma mesa comum,
ocupa uma posição que
só ela
pode ocupar- ela não
é uma mesa qualquer,
ela é uma mesa
que está aí!
A este tipo
de compreensão chamamos juízo de fato.
Porém se dissermos que
esta mesa que
está aí nos
traz lembranças de nosso
avô, queremos dizer
que esta mesa
que esta aí,
além de ser o
que é em
si, evoca em
nós recordações afetivas especiais; estamos assim
auferindo à esta mesa que esta aí, um valor que só
alcançaria em nosso
juízo; estamos, da mesa
que esta aí,
fazendo um juízo
de valor.
Numa partida
de futebol, quando
a bola entra no gol,
no arbitro gera um juízo
de fato e em
cada torcida
gera um juízo
de valor. Enquanto
o arbitro apita marcando o placar, as torcidas
reagem com euforia
por um
lado e tristeza
por outro;
o mesmo fato
gera reações opostas- juízos de valor
contrários!
A
filosofia- amor a sabedoria- como o próprio nome já sugere,
embora tenha pretendido abarcar
todo o campo
do conhecimento humano,
na pratica porém, foi se dividindo em dois ramos: um
cuidando das verdades de fato, gerando diversas ciências
e outra, as verdades
de valor, como
o é hoje a filosofia.
Esta distinção é mais
clara nas ciências
exatas mas menos
definidas nas ciências humanas.
Filosofia não é
conhecer a realidade em si, mas sim dar-lhe
um sentido
e razão de ser
que me
diga respeito. A esta transposição de um mundo em si para um mundo em mim (ou, para mim), chamamos filosofia.
Por isso filosofar acabou se tornando essencialmente,
pensar o pensamento,
conhecer o conhecimento,
avaliar os valores
e criar os conceitos
tais como
felicidade, justiça,
dever e direito,
liberdade e beleza
para que,
filosofando, as possamos enriquecer e com elas nos enriquecer
continuamente.
Questão:
1.
É possível viver
sem filosofia?
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